Traduzido do inglês Hate Speech, o discurso de ódio é algo que sempre existiu mas nos dias atuais nunca foi tão relevante. Acredito que o funcionalismo da expressão está em todo lugar, por que? A intolerância é a base do discurso de ódio. O medo do desconhecido, do que não foi aprendido, experimentado, observado e com certeza amado. Nesse texto surge outras palavras que se complementam com a situação descrita são empatia e respeito. Em dias em que a liberdade de expressão é considerada “livre”, vemos outra autonomia que é proibida mais que anda junto com a liberdade de expressão; a independência de pensamento.

De acordo com o artigo 5º da Constituição Federal de 1988, temos o direito de expressarmos nossas ideias e convicções, todavia, não ferindo o direito de outras pessoas, como é dito nos parágrafos IV e IX do artigo: IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;”. Isso é o que está previsto na lei e como o nome já diz deve ser respeitada, observada e seguida; entretanto, não é o que acontece atualmente. Temos liberdade de expressão mas, não temos a independência de expressar os nossos pensamentos, que é a base representativa dessa manifestação.

Não temos a liberdade de representar as ideias que passam na nossa mente, por medo de ser escanteado, reprimido ou até violentado. Hoje no Brasil, estamos no tempo das eleições e esse período tem sido literalmente tormentoso, uns apoiam “fulano”, outros apoiam “sicrano” e ambos se criticam, se xingam, se machucam por algo que é transitório e logo passará. Amizades antigas, amores belos, desfeitos simplesmente pela falta da empatia e do respeito. Entender a visão pessoal de cada um, suas convicções e vontades, é o primeiro passo antes de “um dedo” apontado. Mas, se não entender, respeitar. Tudo começa pelo respeito, assim o discurso de ódio diminuirá e com certeza irá passar.