Tio, humanos são perfeitos? Essa foi uma pergunta feita a mim por uma criança de 4 anos... naquele momento, eu que sempre me considerei com resposta para tudo me silenciei, de fato eu não tenho resposta para essa pergunta respondi a para ela. Aqueles olhos castanhos puros, aquela inocência, me senti constrangido de tal forma, que fiz a expressão de boa tarde aos pais e saí refletindo.. passei a noite meditando e orando e cheguei a conclusão... não somos e nunca seremos!

Mas poderíamos ser perfeitos? Sim! Claro que poderíamos, se tivéssemos mais amor, perdão, reciprocidade, sorrisos, abraços. Porém somos carne, somos humanos, somos falhos em todos os aspectos, você pode até ter ser "perfeito" em âmbitos materiais e profissional.. mas e o seu pessoal, você ama, perdoa, é reciproco em gentiliza, abraço e sorrisos? eu poderia listar diversos outros pontos, porém, não estou aqui para apontar A ou B, pois também sou falho.

Ao invés de apontar, eu prefiro falar de mim como humano falho e dizer como me sinto quando eu FALHO: eu me sinto um inútil, nojento, culpado e indigno... nossa é a pior das sensações, é como se essa falha fosse um espinho, eu não quero cometer ela, mas cometo, e aquilo que eu devia fazer, isso eu não faço, aí vem a culpabilidade e quando isso sucede e ouço a voz do meu avó (nossa, ele é para mim um dos homens mais sábios que existem): "Meu neto, somos pó e cinza, pessoas degradáveis, o tempo vai passar, possivelmente as falhas iram continuar, mas o segredo é, não sentir mais prazer em falhar e como também aprender com elas e sim a vida segue". Essa voz, e aquele olhar castanho doce e inocente daquela criança, me ensinam uma nova perspectiva, somos falhos sim, e aprender com as experiências dos mais velhos e com a inocência dos mais novos... nos fazem aprender aceitação da nossa humanidade. 

Até o próximo texto!

Jhorge Luys